sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Canto do Poeta

Ai de quem Ama (Vinícius de Moraes)

Ai de quem ama
Quanta tristeza
Há nesta vida
Só incerteza
Só despedida
Amar é triste
O que é que existe?
O amor
Ama, canta
Sofre tanta
Tanta saudade
Do seu carinho
Quanta saudade
Amar sozinho
Ai de quem ama
Vive dizendo
Adeus, adeus

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

As mais mais do disque e toque


Olá, depois de um final de semana maravilhoso, trago para vocês mais uma das mais mais do disque e toque. A escolhida de hoje, é uma composição de Miltinho do MPB4 e de Paulo Cézar Pinheiro e que ficou perfeita na voz doce e suave da grande Roberta Sá. Desejo a todos uma linda semana!!!



Cicatrizes

Amor que nunca cicatriza
Ao menos ameniza a dor
Que a vida não amenizou
Que a vida a dor domina
Arrasa e arruína
Depois passa por cima a dor
Em busca de outro amor
Acho que estou pedindo uma coisa norma felicidade é um
bem natural
Uma, qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem
Mas que também não faça mal
Meu coração precisa
Ao menos ameniza a dor
Que a vida não amenizou
Que a vida dor domina
Arrasa e arruína
Depois passa por cima a dor
Em busca de outro amor
Acho que estou pedindo uma coisa normal
Felicidade é um bem natural
Uma, qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem
Mas que também não faça mal

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Vinícius de Moraes


Olha mais uma sexta-feira chegando e o Poetinha mais um dia aqui para vocês... Desejo a todos um lindo final de semana!!! Beijos muitos!!!



Amei tanto

Nunca fui covarde
Mas agora é tarde
Amei tanto
Que agora nem sei mais chorar
Vivi te buscando
Vivi te encontrando
Vivi te perdendo
Ah, coração, infeliz até quando?
Para ser feliz
Tu vais morrer de dor
Amei tanto
Que agora nem sei mais chorar
Nunca fui covarde
Mas agora é tarde
É tarde demais enfim
A solidão é o fim de quem ama
A chama se esvai, a noite cai em mim

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

As mais mais do disque e toque

Depois de um lindo feriado, eis mais uma segunda-feira das mais mais do disque e toque. Acho que realmente esse negócio aqui só vai funcionar mesmo às segundas e sextas (por falta de tempo). A música escolhida de hoje é Gozos da Alma, de autoria do Grande Francis Hime em parceria com Geraldo Carneiro. Escolhi esta porque ultimamente tenho investigado a tragetória desta magnífico músico, compositor, cantor e mais um monte de coisa boa da Bossa Nova. Tenham todos uma linda semana!!!


Gozos da Alma

Gozos da alma, estou partindo agora;
Chegou a hora de partir, mas não
Te deixo só, porque não pode ser,
Porque deixei todo o meu ser contigo;
Não pode ser, porque te levo em mim,
Vou te levar comigo até o meu fim;
E quando por um instante em nosso olhar
A ausência nos negar o olhar do amado
E então fizer pra nós do dia a noite
Mais constante, não deixa a dor chegar
Que é só um momento,
Quando viramos para o lado pra dormir
Porque quem guarda vivo o seu amor
Nunca terá o tormento de partir;
Faz nossa fé no mútuo amor
Provar que, se alguém vai ter que se mover
São nossos corpos, não o nosso ser
São nossos corpos, não o nosso ser

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Vinícius em dose dupla


Antecedendo o dia de amanhã (sexta do Poetinha), já que estarei fora e levando em consideração que na sexta passada não postei nada dele aqui, hoje colocarei o Poeta em dose dupla...
Desejo um lindo feriado e muitas joaninhas para todos!!! Beijos muitos!!!


A flor da noite
Na solidão escura
Do velho Pelourinho
Matilde, a louca mansa
Vivia mercando assim:
Olha a flor da noite ...
Olha a flor da noite ...
Seria a flor da noite
A luz da estrela solitária
A tremular tão pura
Sobre o velho Pelourinho?
Ou o som da voz ausente
Da menina triste
Que mercava o seu triste descaminho:
Olha a flor da noite ...
Olha a flor da noite ...
Ou seria a flor da noite
A face oculta atrás da aurora
Por quem o homem luta
Desde nunca até agora
A louca aprisionada
Pelos monstros do poente
E que avisa e grita alucinadamente:
Olha a flor da noite ...
Olha a flor da noite ...


A rosa desfolhada
Tento compor o nosso amor
Dentro da tua ausência
Toda a loucura, todo o martírio
De uma paixão imensa
Teu toca-discos, nosso retrato
Um tempo descuidado
Tudo pisado, tudo partido
Tudo no chão jogado
E em cada canto
Teu desencanto
Tua melancolia
Teu triste vulto desesperado
Ante o que eu te dizia
E logo o espanto e logo o insulto
O amor dilacerado
E logo o pranto ante a agonia
Do fato consumado
Silenciosa
Ficou a rosa
No chão despetalada
Que eu com meus dedos tentei a medo
Reconstruir do nada:
O teu perfume, teus doces pêlos
A tua pele amada
Tudo desfeito, tudo perdido
A rosa desfolhada

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

As mais mais do disque e toque


A escolhida para hoje, é uma composição de Milton Nascimento e Telo Borges, interpretada por minha musa (uma das...) Maria Rita Mariano. Tristesse. Coloquei um link acima, mas não sei se vai funcionar. Não sei mexer mesmo com essas coisas... De qualquer forma, se não for possível visualisar, é só ir ao YouTube e colocar Maria Rita Tristesse... vale muito a pena.

Tenham uma linda semana!!!





Como você pode pedir
Pra eu falar do nosso amor
Que foi tão forte e ainda é
Mas cada um se foi
Quanta saudade brilha em mim
Se cada sonho é seu
Virou história em sua vida
Mas prá mim não morreu
Lembra, lembra, lembra, cada instante que passou
De cada perigo, da audácia do temor
Que sobrevivemos que cobrimos de emoção
Volta a pensar então
Sinto, penso, espero, fico tenso toda vez
Que nos encontramos, nos olhamos sem viver
Pára de fingir que não sou parte do seu mundo
Volta a pensar então
Como você pode pedir...